Em breve, não será preciso pedir ao ChatGPT para escrever em português de Portugal. Já foi lançada a versão beta (primeira versão) do grande modelo de linguagem (LLM - Large Language Model) português, que se chama Amália, como a mundialmente conhecida fadista.
Este modelo foi apresentado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, na Web Summit, em novembro do ano passado, e estará disponível em “open source”, ou seja, para o público em geral, em 2026. Por enquanto, apenas os centros de investigação envolvidos no projeto conseguem ter acesso.
O nome Amália vem de uma sigla que significa Assistente Multimodal Automático de Linguagem com Inteligência Artificial. Não canta, mas sabe muito sobre a língua portuguesa, já que foi treinado com quatro biliões de palavras, para conseguir perceber e escrever de forma natural, tal como falamos.
Para aprender tudo isto, o Amália está a ser treinado num supercomputador muito poderoso, chamado MareNostrum 5, que fica em Barcelona.
Portugal tem uma parte importante deste supercomputador, tornando-o ainda mais forte. Este projeto faz parte de um plano maior, que quer criar modelos de inteligência artificial para todas as línguas da União Europeia, através do projeto EuroLLM. Assim, cada país pode ter um assistente inteligente que compreenda o melhor possível a sua língua e cultura!
Universidade Nova de Lisboa, Instituto de Telecomunicações, Instituto Superior Técnico, Universidades de Coimbra, Porto e Minho, Beira Interior e Évora são algumas das entidades envolvidas neste processo.